Aos 69 anos, quero resgatar a
dignidade do homem público e a confiança da cidadania nas instituições democráticas
"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."
Martin Luther King
"O preço que os homens de bem pagam pelo seu desinteresse da política é a qualidade dos políticos".
Platão
Platão
"Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis".
Bertold Brecht
Bertold Brecht
Uma
articulação direcionada que explora o escândalo como arma para manter a
população à margem de tudo vem trabalhando ao longo de décadas o imaginário
popular com o discurso de que a política
é uma atividade privativa dos escroques, dos bandidos e dos oportunistas sem
escrúpulos.
Em ações
orquestradas e de má fé, transforma cada desvio de conduta pontual numa
monstruosidade que por si revelaria a prática generalizada de todos os políticos,
como se nada mais restasse ao
cidadão-eleitor senão virar às costas para TODOS os homens públicos e esperar
que um dia falsas vestais passem a dar as cartas ou que alguma conspiração
forje um novo ditador com “poderes excepcionais para dar um basta à corrupção”.
É a indústria
da alienação alimentada pela manipulação leviana das informações,
que imobiliza uma massa mal-informada, acrítica e bitolada. Indústria que
esconde o próprio envolvimento em negociatas e encobre sua parceria disfarçada
com chefes do crime organizado, como se revelou – e tenta se abafar – no caso
desse mafioso conhecido como Carlinhos Cachoeira.
A você, cidadão
de bem, que luta com dignidade para cumprir seus compromissos, serve-se a
sensação da inutilidade de acompanhar e intervir no processo político. A idéia que se passa e se inocula é a de que
todo candidato a um cargo público é alguém de olho nas mordomias do poder, que
só tem uma preocupação: locupletar-se no exercício de um mandato.
Exatamente por
conta dessa imagem negativa generalizada, homens de bem, vocacionados para a
vida pública, são vistos sob as mesmas reservas dos que, aproveitando-se desse
ambiente de descrença, compram mandatos a peso de ouro e ocupam cada vez mais
os centros decisórios.
A imagem capciosa
de que todo político é corrupto esconde a malta de sonegadores e sanguessugas, burladores
de todas as leis, que fizeram e fazem fortunas corrompendo e subornando em
todos os níveis. Essa imagem manipulada destaca
o corrupto e oculta o CORRUPTOR, o que enriquece da noite para o dia à sombra
do poder vulnerável aos interesses insaciáveis.
Nesse discurso,
dissemina a imagem que deliberadamente desfigura a atividade pública, visando com isso enfraquecer as instituições
e minar suas defesas, abrindo caminho para a farsa do Estado nanico, aquele entregue às terceirizações que são hoje, elas
sim, portas escancaradas para a propina e o superfaturamento.
De tal forma se
irradiou no inconsciente coletivo a convicção de que “todos os políticos são
ladrões” que um homem de bem se obriga a
ressaltar aos quatro ventos suas virtudes éticas, sua comprovada honestidade e
sua irretocável biografia.
Enquanto temos nossos olhares
concentrados nos políticos, somos roubados na mão grande todos os dias e a cada
instante por toda uma teia de vigaristas
e vendedores de falsos brilhantes; somos submetidos a salários insuficientes e
somos obrigados a pagar em despesas particulares aquilo pelo que já pagamos em
impostos por serviços públicos deliberadamente sucateados, em áreas essenciais,
como a educação, saúde e segurança.
Aos 69 anos, com um histórico de lutas
de mais de meio século, em que se inclui um ano e meio de prisão e torturas nos
cárceres da ditadura, sempre travando o bom combate, bem que poderia ficar
assistindo de camarote a esse jogo que tritura, aliena e escraviza os cidadãos
e se alimenta do descrédito nas instituições republicanas.
No entanto, por dever histórico, estou
voltando à atividade política para disputar um novo mandato de vereador na
cidade do Rio de Janeiro, com a cabeça erguida de quem passou pelo Legislativo
e pelo Executivo sem abrir mão dos seus valores éticos e morais e de quem
produziu leis que tiveram grande alcance social, como a que liberou 6 mil
taxistas do regime escravo das diárias, ou até mesmo de aparente efeito simbólico,
como a que manda multar letreiros com erros gramaticais.
Por conta do
meu próprio estilo e da convicção de que não se pode gastar numa campanha
aquilo que não terá retorno honesto, considerando também as limitações físicas
da idade e de alguns problemas de saúde, pretendo fazer uma campanha
franciscana, baseada na capacidade multiplicadora dos que me conhecem nesse
meio século de jornalismo e no que já pude demonstrar quando no exercício de
cargos públicos.
Essa campanha,
por sua envergadura, terá que considerar o mandato de vereador como uma
trincheira para posicionamentos em todos os níveis, valendo-se da estrutura disponibilizada a um
parlamentar numa Câmara como a do Rio de Janeiro. Isto é: estaremos atentos,
como sempre estivemos, para a defesa da cidade, de sua população, da ética e
dos valores essenciais no trato com o dinheiro público.
Mas faremos do
nosso Gabinete uma cidadela em lutas mais amplas, em tudo o que diz respeito ao
cidadão do Rio de Janeiro, mesmo que isso signifique disponibilizar assessores
e advogados em causas judiciais, como a primeira delas:
a derrubada da cobrança do laudêmio, um tumor que veio do tempo de Dom Pedro I e é mantido sem o conhecimento da maioria dos cidadãos.
Poucos sabem que quem compra um imóvel em “terrenos de marinha” e áreas foreiras é obrigado a pagar 5% do seu valor, mesmo que esse imóvel tenha sido “expropriado” de forma arbitrária e irregular pela Secretaria do Patrimônio da União, desrespeitando a própria Lei que regula essa matéria.
Na campanha e no exercício do mandato, não pretendemos trocar favores por votos, não vamos usar a máquina pública para chantagear comunidades carentes e não aluguaremos nosso mandato em troca de ajuda financeira, sob qualquer pretexto.
Vamos preferir expor e discutir os grandes temas que são de responsabilidade do poder público, como educação, saúde, segurança, guarda municipal, meio ambiente, qualidade de vida, direitos dos idosos, aposentados e pensionistas, dos servidores públicos, carga extorsiva de impostos, políticas de transportes urbanos, pedágios e pardais irregulares, taxistas, direitos do consumidor e toda a pressão que sacrifica a CLASSE MÉDIA, de quem se cobra o maior preço, obrigando-a a pagar em caráter particular por serviços que já são pagos por impostos que equivalem a 149 dias de sua jornada anual de trabalho.
Enfim, faremos
uma campanha de idéias e propostas tendo como ambiente de discussão o nosso
blog VEREADOR DE VERDADE, que estará aberto às opiniões e críticas de todos os
que estão dispostos a ocupar o espaço hoje abusivamente tomado pelos manipuladores da opinião pública
e pelos que se aproveitam do desinteresse e da omissão das pessoas de bem.
Esses serão os
fundamentos de uma campanha que nos traz de volta a uma disputa que já sabemos difícil, mas que
pretende ser o grande diferencial no processo eleitoral que se inicia agora.
Espero que você consiga dar um tom mais político a essa campanha eleitral, que se faz hoje na base da troca de favores e de muita propaganda cara, qu esoncde políicos mal intencionados. Torço para que realmente os descrentes, que não são poucos, encontrem em você uma forma de responder aos aproveitadores.
ResponderExcluirConte comigo
ResponderExcluirPorfírio, gostei da notícia, não esperava outra coisa senão candidatar-se a vereador e continuar brigando pelo nosso povo que é achincalhado diariamente, o que tiver ao meu alcance estarei a disposição.
ResponderExcluirAbraços
Denis
Estou tendo a impressão de que o povo não está muito interessado na campanha eleitoral. Será que perderam a fé nos políticos de vez?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEspero que o senhor consiga se eleger mas sinceramente não vejo solução a curto prazo pois um vereador só não tem força para muito. Se bem que o senhor já agitou aquilo lá.
ResponderExcluirQuerido patriota Porfírio. Mesmo sendo paulista e vivendo em São Paulo, estarei na torcida positiva acompanhando o Vereador da Verdade Pedro Porfírio, defendendo na Câmara do RJ os interesses dos irmãos cariocas por melhor qualidade de vida. Povo hospitaleiro que habita a cidade maravilhosa hoje patrimônio da humanidade, quando seus políticos corruptos, fecham os olhos para a qualidade de vida de seus habitantes na periferia, realizando melhorias apenas para os moradores do Leblon e Barra.
ResponderExcluirExiste sim Porfírio uma luz se acendendo, quando nos preocupamos com o silêncio dos bons, cientistas brasileiros já unidos desmascarando a farsa do aquecimento plantada pelos países desenvolvidos... restando ao povo brasileiro, a esperança de surgir centenas de Pedro Porfírio, alertando e iluminando os jovens deste nosso Brasil, que somente a luta do povo unido resgatará a dignidade, a ética e o fim da corrupção plantada pelos três poderes, que favorece apenas a especulação capitalista internacional.
Que nosso Deus o proteja, iluminando-o em suas aspirações.
Abraços Fraternos,
Marilda Oliveira - SP